sábado, maio 19, 2007

sábado...

às vezes acordo e acho que sucumbi a uma força qualquer que me fez tornar cada vez mais normal. um emprego normal, uma rotina normal, um relativo gosto pelo consumismo, tomar atenção à imagem que se transpira.
preocupar-me se estou em falta com alguém é outra questão que me assombra de quando em vez, parece-me sempre que estou a pôr velhos e novos amigos de parte.
a questão é se esta paranóia é justificada ou não.
depois deixo-me de merdas e apercebo-me que afinal as coisas são simples e resumem-se a tomar a atitude correcta.
ou a errada, que na pior das hipóteses vai ensinando qualquer coisinha. a vida é que torna as coisas possíveis ou inalcançáveis.
lamentar-me é assumir o erro de ter feito o pior para mim.

tenho saudades dos amigos que ficaram pelo caminho, daqueles que não julgam nem cobram.

dormir.........................................

segunda-feira, maio 07, 2007

Poema de amor em tempo de Queima

Parti de manhã mas já era quase meio-dia.
O Sol já ia alto.
Não tomei café porque não me apeteceu. Bebi um panachê.
Sinto assim-assim e não sei porquê?
Merda, enganei-me no sinal. Não faz mal. É uma cena normal.
Eu queria mesmo falar do quê? Ah, já me lembro.
Sinto-me mal, dói-me algo por dentro.
Não, não é amor. É uma cena qualquer por dentro.
Mesmo por dentro.
Aqui.
Dentro.
Tás a ver?
Não?
Tá bem.
Vou vomitar para parar de sofrer.
Deitar fora o que tenho cá dentro.
Do estômago.
E dos intestinos também, se for capaz.
A merda cheira pior quando estamos de ressaca, eu sei, e tu também.
E no final de contas apercebi-me:
Oh!
Queria cagar, e somente me peidei.
Sim.