Já farta, já chega, já enjoa tanta mediocridade. Estou farto desta gente falsa, que articula mentiras e contra-informação para passar o tempo, para encher os dias de conversas assentes em falsidade. Farto de santos narcisistas. Farto de barrigas cheias de merda. Farto desta palhaçada encenada que os entretém entre as manhãs do Goucha e as tardes da Júlia. Farto dos orçamentos à minha roupa. Só gostava que a sua coragem fosse igual à sua perfidez para que pudessem ser confrontados, para que respondessem por todas as aldrabadas que, todos os dias, alegremente aumentam, para gáudio da manada.
Juízes, repórteres, homens-santos são às dúzias. Fervilham entres eles as conversas, os boatos, a vaidade sem causa. O seu orgulho é anedótico, a sua barrigas a mais fútil desculpa de existência, são feios, como tudo o que fazem. Servem apenas para recordar aos insatisfeitos, aos resignados, aos que preferem ficar calados a sujar o nome na rua, que há uma forma de não se ser. Que há os bons e os outros. E que não é por haver poucos bons que temos que nos fundir com os outros.