sexta-feira, janeiro 11, 2013

still a pulse...

Hoje, como acontece regularmente de 6 em 6 meses, lembrei-me deste estranho espaço virtual e pensei cá pro meu fecho éclair, pá, isto é muito mais pessoal do que aquela porra de rede social em que tenho que andar a definir a minha privacidade em menus infindáveis de pseudo-português e finjo ser amigo de 500 e tal pessoas! E pronto, vamos lá a mais uma triste tentativa de reanimar isto. Talvez seja um bom canal de expressão para esta velha carcaça, produtora em série de alimento cozido, tão mal entendida pelo mundo. Ai, tanto que eu sofro. Bem, não sei bem se ainda anda alguém por aí, mas de maneiras que vou voltar a postar coisas aqui. Provavelmente serão no mesmo estilo, sem nexo e sem objectivos definidos, apenas para descarga de qualquer coisa que tem mesmo que sair e é sempre melhor que saia no mundo virtual, já que o real não lida bem com o tom das minhas palavras. Tough love is still love, my friends...

Abraço!

quarta-feira, março 23, 2011

Insónia - parte 2

Hoje é justificada. Plenamente. Um abre-olhos de magnitude 9.5 na escala FUBAR vai dar-me insónias para uma semana. Nada de novo, tenho vindo a fazer o aquecimento para isto há meses. Situação criada por uma clara tendência para o masoquismo emocional, e pela recusa em aceitar que há que às vezes os problemas não são problemas, mas sim, inevitabilidades. Mas vamos lá, na vida a ser tudo segurinho também se torna um bocado chato, e ver problemas resolvidos dá uma certa satisfação. Já perseguir unicórnios é engraçado, sim, mas não há unicórnios. Eu quero um unicórnio. E por vezes vejo-os passar, como um pedaço perfeito de universo. E corro atrás, cegamente. Tão iludido com a subtileza do seu galope que me esqueço que é um mito. A ilusão é tão real que lhe chego a sentir o macio das crinas por entre os dedos. Que posso dizer? Gosto de unicórnios. Mas não existem.

segunda-feira, março 21, 2011

Insónia, parte 1

Vai já longa a noite e os meus olhos ainda não descansam. Em tempos caminhava pela rua para combater a insónia. Antes disso era a música. Com o passar do tempo todas as doenças ganham a sua resistência à cura, e a insónia tornou-se companheira de muitas noites. Fecho os olhos e oiço os passos do ponteiro dos segundos. Cães, mochos, rolas, grilos... O mundo lá fora não dorme. Sossega, silencioso, mas não fecha os olhos. Melhor assim, sempre tenho companhia.

terça-feira, março 15, 2011

Still here...

E vai daí que já nem me lembrava que tenho um blog... Blog, não sei se é essa a definição correcta para isto. A dada altura na vida reparei que normalmente quando tenho algo que dizer já alguém o disse, e melhor que eu, por isso opto por partilhar músicas que reflectem estados de alma. E a bem dizer a vida não passa de uma série de acontecimentos que são afinal resumidos nisso: estados de alma.
Ultimamente tenho sentido coisas que já não lembrava. Por instantes, em certos dias, sinto que voltei atrás no tempo em mim, apesar do tempo que passou. E se por um lado me assusta o tempo que passou, conforta-me reparar que houve partes de mim que, ainda que adormecidas, não se foram. É bom sentir-me jovem mas é mau constatar que tenho 30. É bom saber que ainda tenho a frescura de espírito para aceitar certas coisas mas detesto ver que não tenho paciência para outras.
Estou a crescer, a adaptar-me... Mas nesta sucessão de conquistas e perdas é difícil manter os olhos na bola. O jovem que se torna homem deve abandonar partes de si, e completar-se com novos sonhos e desafios. Crescer é isso, viver é isso. Deixar para trás o que foi, seguindo em frente e apanhando novos pedaços de vida. Eliminar o que está a mais, o que está gasto mesmo sendo positivo e saber agarrar as pequenas dicas da vida, transformando-as em algo concreto e sólido. Manter o organismo completo e funcional. No ritmo certo.
Triste metáfora a minha. A vida é uma máquina imperfeita.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

I can't fall in love with a wheat field!






All I need is some inspiration
Before I do somebody some harm
I feel just like a vegetable
Down here on the farm

Nobody comes to see me
Nobody here to turn me on
I ain't even got a lover
Down here on the farm

They told me to get healthy
They told me to get some sun
But boredom eats me like cancer
Down here on the farm

Drinkin' lemonade shanty
Ain't nobody here to do me harm
But I'm like a fish out of water
Down here on the farm

I wrote a thousand letters
Till my fingers all gone numb
But I never see no postman
Down here on the farm

I call my baby on the telephone
I say come down and have some fun
But she knows what the score is
Down here on the farm

I can't fall in love with a wheatfield
I can't fall in love with a barn
When everything smells like horse shit
Down here on the farm

Blue skies and swimming pools
Add so much charm
But I'd rather be back in Soho
Than down here on the farm

On the fucking farm!

Are you born in a fucking barn or what?


Down here on the farm, UK Subs

domingo, setembro 28, 2008

Blog quase morto!

Pfff...
Acordar às 6h30m da manhã de domingo para não fazer nada.
Indubitavelmente, Lucky Strike é um dos melhores sabores pela manhã.

Publicidade, música "que todos querem ouvir", caras bonitas em corpos vazios, oferta, oferta, oferta, oferta, oferta até se transformar em desejo, merdas que não preciso, preços mas baixos para o supérfluo, merda para ouvir, merda para ver, não há tomates, não há garra, não há gosto, não há culto, famosos, chiques, vendidos, forma sem contexto, loiras, morenos, sorrisos, sorrisos, sorrisos verdadeiros, dentes brancos, pele de porcelana, barrigas sem cerveja, muita oferta, merda de todas as cores e formas e cheiros e sabores, mascara-se a merda com tanto engenho que nos fazem esquecer que não passa disso mesmo, merda fina, maquilhada, sintetizada, agradável, inconsequente, merda que cria as crianças, que entretém os pais, que invade o carro, o emprego, a mesa, o prato, tanta merda que escorre pela vida fora até se tornar nos àtomos do universo, tanta merda que há-de ser impossível saber o que não é merda pois a merda será tudo, até os opositores da merda não darão passos com tanta merda colada aos pés.
E no final, quando os que se recordam de um mundo sem merda partirem, a merda será omnipotente, omnipresente e omnisciente pois é mestre de si própria.
Adorem e venerem a merda!
Poder à merda!
A merda decide!
A merda é perfeita!